Dados da Pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor) de 2012, que
avalia o empreendedorismo em 54 países, apontam que o Brasil é o terceiro país
mais empreendedor do mundo, atrás de China e Estados Unidos. É uma excelente
notícia. Entretanto, mais relevante que o número de pessoas envolvidas com um
negócio próprio é o fato de que o número de empresários que inicia o negócio a
partir de uma oportunidade cresceu e agora, para cada negócio aberto por
necessidade, 2,24 começam pela identificação de uma oportunidade. Se ainda
estamos longe da média mundial (4,35 negócios por oportunidade para cada um
aberto por necessidade), já evoluímos em comparação a anos anteriores, onde a
pesquisa mostrava o oposto.
E por que este número é
relevante? Porque mostra que caminhamos para consolidar a profissão de
empreendedor. Pode soar estranho encarar o empreendedorismo como profissão, mas
convido o leitor a um raciocínio: alguém consulta um médico que não seja
formado em Medicina? Um advogado sem diploma em Direito? Portanto,
analogamente, é determinante para o desenvolvimento de empresas de sucesso que
o empreendedor encare o empreendedorismo como profissão.
Faço parte de uma geração que
cresceu com o objetivo de ter um emprego bom e estável. Perdemos
competitividade e oportunidades de desenvolvimento por causa deste raciocínio
que, felizmente, começa a mudar. Hoje, jovens entram nas universidades visando
construir um novo negócio a partir de ideias novas e promissoras. E por trás da
mentalidade ousada desta geração está um futuro promissor para estes jovens e
para o Brasil.
Esta mudança de paradigma é
determinante para o fenômeno empreendedor. Não por acaso, as pequenas empresas
morrem cada vez menos. Isto se deve a esta nova forma de pensar o desenvolvimento
de pequenos negócios e a esta geração que se orgulha de responder
"empreendedor" quando perguntada sobre a sua profissão. Estes jovens
se preparam de forma árdua para explorar as oportunidades identificadas. Em
outras palavras, formam-se "empreendedores" e, a partir daí, criam
empresas competitivas e de sucesso. Eis aí (mais) uma boa lição que a
experiência pode aprender com a juventude.
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