O conceito de “empresa ambidestra” é recente
e, apesar da expressão “difícil”, é de extrema relevância para o
desenvolvimento de empresas competitivas. Em linhas gerais, empresas
ambidestras são aquelas que conseguem, ao mesmo tempo, ser criativas e inovadoras,
além de eficientes e precisas do ponto de vista dos processos estruturados.
Parece simples, mas não é. Um dos
pressupostos de organizações com alto poder criativo e inovador reside num
certo nível de caos e desorganização, já que este é um pré-requisito básico
para a geração de ideias. Do outro lado, organizações que pretendem ser
verdadeiramente eficientes precisam de processos formalmente estruturados,
sistematizados e, geralmente, baseados em "melhores práticas". Assim,
fica evidente o potencial conflito de filosofias e a dificuldade de conciliar
estas duas características em um mesmo ambiente.
Grandes corporações têm investido milhões de reais
em consultoria e aperfeiçoamento de processos com o intuito de se tornarem
minimamente ambidestras. Já no ambiente de pequenas empresas, basta disposição.
A concentração de funções em poucas pessoas, normalmente característica de pequenos
negócios, torna mais fácil moldar o comportamento e as atitudes dos
colaboradores para o estabelecimento de uma cultura que reflita de forma
bastante efetiva essa ambidestralidade. Como no caso de políticas de qualidade,
criar uma empresa ambidestra começa pela conquista dos corações e mentes das
pessoas, a partir de práticas implantadas pela alta gerência. Em empresas com
poucos colaboradores, este processo pode ser muito mais dinâmico e efetivo.
Esta busca pela empresa ambidestra se
justifica pelo resultado obtido: organizações dinâmicas e altamente criativas e
inovadoras, com capacidade de execução ímpar, assegurada por processos estáveis
e bem estruturados. Em outras palavras, uma espécie de “santo graal” do mundo
empresarial moderno cuja recompensa está em níveis de competitividade muito
acima da média dos competidores.
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