Um dos temas mais discutidos no
mundo empresarial é a famosa competitividade. Ela está nas revistas, nos
livros, nos jornais, nas palestras e em tudo que cerca o ambiente das empresas
no Brasil e no mundo. Mas afinal de contas, o que torna uma empresa
competitiva? Como entender e aplicar no universo das Micro e Pequenas Empresas
este conceito, ao mesmo tempo tão amplo e tão subjetivo?
Comecemos entendendo que o que
torna de fato uma empresa competitiva é sua capacidade de ser única, de se diferenciar
da concorrência. Esta diferenciação pode ser percebida de várias formas. Por
exemplo, uma empresa pode ser competitiva porque pratica um preço inferior ao
da concorrência (sem que isso implique em menor qualidade); porque presta um
serviço diferenciado; porque possui uma rede de distribuição imbatível; ou
porque seu produto apresenta características reconhecidas como únicas pelos
seus clientes. Em outras palavras, uma empresa verdadeiramente competitiva tem diferenciais
decorrentes de um ou mais fatores que a colocam em condições de enfrentar com
maior probabilidade de sucesso as demais empresas no seu mercado.
Feito este raciocínio, fica a
pergunta: quais os caminhos para elevar a competitividade dos pequenos
negócios? A resposta a esta questão passa necessariamente por uma mudança do
modelo mental muitas vezes predominante, que preconiza a necessidade de altos
investimentos como condição necessária e inegociável para tornar uma empresa
competitiva. Este raciocínio é obsoleto, pois exclui da equação o fato concreto
de que, muitas vezes, imaginação, criatividade e velocidade tornam-se ativos
muito mais relevantes do que o capital. E são justamente estes fatores que,
somados a uma atitude pró-ativa do empreendedor, podem fazer a diferença.
Leonardo Da Vinci, o gênio
renascentista, dizia que “o máximo da sofisticação é a simplicidade”. Por trás
desta singela frase esconde-se a resposta para muitos dos problemas e
dificuldades que tipicamente afligem nossos empreendedores. A estrada da competitividade
não passa obrigatoriamente por soluções mirabolantes e dispendiosas. Muitas
vezes, as melhores idéias decorrem justamente das perguntas mais simples e que,
por conseguinte, geram respostas igualmente simples. O que faz a diferença para
o seu cliente? O que levará um potencial cliente a escolher a sua empresa, e
não a do concorrente? Que fatores incentivarão o seu cliente a desenvolver um
relacionamento de longo prazo com a sua empresa? O que você pode oferecer ao seu
cliente que ninguém mais oferece? Em suma, o que a sua empresa faz de
diferente? Estas perguntas triviais na maioria das vezes levam a respostas que
podem fazer toda a diferença no sucesso de um empreendimento. Em última
análise, podem ser a porta de acesso para um processo de diferenciação e
criação de vantagens competitivas que, na essência, é exatamente o que define o
nível de competitividade de uma empresa.
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